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Blue Zones: Quais as Lições de Longevidade que Elas nos Ensinam?

  • Foto do escritor: Magno Três Figueiras SP
    Magno Três Figueiras SP
  • 15 de ago.
  • 4 min de leitura
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Em um planeta que envelhece rapidamente, a busca por qualidade de vida aos 80, 90 ou até 100 anos se tornou prioridade global. Mas em algumas raras regiões do mundo, esse ideal já é realidade. As chamadas Blue Zones – zonas azuis – são cinco áreas onde a população vive significativamente mais do que a média mundial, com altíssimos índices de centenários ativos, saudáveis e engajados socialmente.


Identificadas pelo pesquisador Dan Buettner, em parceria com a “National Geographic” e cientistas da longevidade, essas regiões incluem:


· Okinawa (Japão)

· Sardenha (Itália)

· Icária (Grécia)

· Nicoya (Costa Rica)

· Loma Linda (Califórnia, EUA)


Aqui no Brasil temos como exemplo a cidade de Veranópolis no Rio Grande do Sul a qual   possui a maior quantidade de longevos inclusive ela e palco de estudos para se estabelecer o porque.


Mas o que essas comunidades fazem de tão diferente? E como podemos aplicar seus ensinamentos em nossa vida moderna?


Estudos populacionais demonstram que, apesar de localizações geográficas, culturas e religiões distintas, os habitantes das Blue Zones compartilham nove fatores fundamentais — os chamados Power 9® — que impactam diretamente na longevidade:


1. Movimento Natural: Caminhar, jardinar, subir escadas — o corpo em movimento constante, sem academia.

2. Propósito de Vida (Ikigai / Plan de Vida): Ter clareza do “porquê” acordar todas as manhãs.

3. Desaceleração: Práticas diárias de relaxamento, como oração, sesta ou meditação.

4. Regra do 80%: Comer até estar 80% satisfeito, evitando excessos.

5. Dieta Plant-Based: Alimentação rica em vegetais, leguminosas, grãos integrais e poucas carnes.

6. Vinho com Moderação: Em algumas zonas, o consumo leve de vinho está associado ao convívio social.

7. Pertencimento Espiritual: Participação em comunidades religiosas ou espirituais.

8. Família em Primeiro Lugar: Vínculos intergeracionais fortes e valorização da família.

9. Círculo Social Positivo: Relações de amizade e apoio mútuo duradouras.


O médico, futurista e fundador da XPRIZE Foundation, Peter Diamandis, analisa as Blue Zones sob uma ótica inovadora: “Elas nos mostram que o ambiente molda o comportamento e que a longevidade não é apenas uma questão de genética, mas de ecossistema social.”


Segundo Diamandis, apenas 20% da longevidade pode ser atribuída à herança genética. Os 80% restantes são impactados pelo estilo de vida e pelas decisões ambientais. Ele defende que, ao integrar tecnologias emergentes (como terapias genéticas, inteligência artificial médica e alimentos funcionais) com os princípios naturais das Blue Zones, poderemos “codificar a longevidade” no século XXI.


Essa teoria nos remete a pensar em nosso estilo de vida, comportamentos, que muitas vezes podem contribuir para o adoecimento e perda de qualidade de vida.


Estudos publicados nas revistas The Lancet e JAMA corroboram os achados empíricos das Blue Zones. Um estudo de 2018 com mais de 300 mil pessoas nos EUA mostrou que dietas ricas em fibras vegetais reduzem em até 30% o risco de mortalidade geral. Outro estudo da Universidade da Califórnia apontou que ter propósito de vida está associado a uma redução de 23% no risco de morte precoce.


Além disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que ao menos 60% das doenças crônicas poderiam ser evitadas com alimentação saudável, atividade física regular e vínculos sociais consistentes — pilares observados nas zonas azuis.


"Longevidade não é só viver mais, é viver melhor. É ter propósito, autonomia e prazer em existir, mesmo quando o tempo insiste em nos lembrar da idade." Afirma Martin Henkel jornalista e escritor brasileiro.


As Blue Zones não são apenas curiosidades demográficas. Elas são faróis que iluminam caminhos possíveis para um futuro mais longevo, humano e saudável. Integrar seus princípios às políticas públicas, aos projetos urbanos e à vida cotidiana pode ser o divisor de águas entre envelhecer com limitações ou com autonomia e alegria.


Como afirma Peter Diamandis:


“Não se trata apenas de viver mais. Trata-se de viver melhor. A longevidade é o novo normal — e ela começa com as escolhas de hoje.”


Dentro de nosso braço do Grupo temos o São Pietro Sênior, operadora de sênior livings de alto padrão,  que tem como base a de criar um ambiente de comunidade e de bem estar nas nossas unidades. Estamos trabalhando na aferição de indicadores que mostram essa evolução,  pois para nós cuidar do futuro é viver o presente com propósito.


 Me atrevo a fazer um resumo de dar umas dicas de “Como Criar sua Própria Blue Zone”:


· Caminhe todos os dias

· Reduza o consumo de industrializados

· Cultive amizades profundas

· Encontre seu propósito de vida

· Diminua o ritmo e respire

· Esteja perto da sua família

· Conecte-se com algo maior do que você


Quem sabe essas mensagens sejam já repetitivas mas com certeza todas elas são fáceis de   implantar na nossa vida diária e vale o “risco”. Longevidade como a própria nomenclatura significa a capacidade de viver por um longo tempo, geralmente com boa saúde e qualidade de vida. O termo vem do latim longaevus, que combina longus (longo) e aevum (tempo, idade). Que todos possamos desenvolver esta capacidade de viver com propósito e qualidade de vida. 


Sócio-Fundador do Grupo São Pietro na São Pietro Hospitais e Clinicas

 

 
 
 

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